não o Marcelo Nova, da Camisa de Vênus?O Festival de Angra... Angra foi mesmo uma viagem surrealista.
Saímos de São Paulo com os meninos da 5Pt e com uma banda amiga, Mercúrio Cromo, às 9 horas (claro, a ida estava marcara para uma hora antes...).
O pessoal da Mercúrio estava muito animado já de manhã. Mas nós, que levantamos às 6 horas no sábado para estar no metrô carrão antes da hora marcada, estávamos mais sonados.
Uma parada para o almoço, uma para banheiro, cigarro e chocolate. Eram quase quatro da tarde quando alguém percebeu que o motorista estava indo em direção à cidade de Angra dos Reis. Demos a volta, pois íamos, na verdade, à uma cidade perto. O pessoal do Mercúrio Cromo tinha o endereço errado! Mas tudo bem. Chegamos tranqüilamente, perto das 17hs na tal cidade.
Ao passarmos em frente ao lugar onde seria o show, a risada foi geral. Havia um grande letreiro: “Barril restaurante e pizzaria”. E, ao lado, um toldo vermelho, com uma porta dupla, dizendo “Bar do Barril”.
Descemos todos do ônibus e fomos ao bar em frente, esperar que alguém abrisse a porta para o Festival.
Já eram 18 e meia e o festival estava marcado para as 19hs. Estão o bar abriu. O dono do bar estava esperando o organizador, porque parece que as coisas não estavam bem combinadas. O som estava sendo desmontado porque, no dia anterior, quando outras bandas tocaram, algumas coisas haviam sido roubadas. Isso no tempo de apenas duas das dez bandas tocarem, já que o som deu pau.
A bateria também era levada: o tal do organizador não havia pagado o aluguel.
E nós todos, no bar da frente, sem saber o que fazer.
Quando eram quase oito da noite, o bar do Barril estava pelado.
Encontramos outras bandas que também não sabiam o que fazer. Tentamos falar com as pessoas que moram por ali, com a polícia... mas naquela praia não tem lei. E quando nem a polícia nem ninguém podiam encontrar o tal do organizador, fizemos uma pequena votação e pronto. Íamos voltar.
Fomos para o ônibus. Esperamos 1 hora até a chamada. Algumas pessoas resolveram ficar. A maioria já estava sentada. Compramos algumas cervejas e os meninos da 5Pt e do Mercúrio Cromo pegaram violões.
E foi lá mesmo, naquele ônibus abafado, a nossa balada.
Chegamos em São Paulo às 4 da manhã.
No fim, fomos até lá, tomamos uma cerveja e voltamos. Talvez a gente repita isso algum outro fim de semana... quem sabe nesse próximo não pegamos um sol e aí, no mínimo, conhecemos a praia?
Mas é assim mesmo: um fim de semana de glória, um de bombas! Afinal, a gente precisa ter história pra contar, né?!?
